Friday, December 07, 2007

- Que lindo que é sonhar

, ela tinha dito, os olhos risonhos sem medo de abismos ou de abismar-se, as mãos quentes e suaves entrelaçando.
A respiração ofegante, os cabelos bagunçando qualquer resquício de sensatez. A névoa enebriante dos olhos marejados, da neblina ou do cigarro, não saberia dizer.
Começou a desfiar teorias e contentamentos vários, a porta entreaberta e olhares cuidadosos.
O sonho faz a porta de papel, e a pele de metal - a carne que arde. Alma flutua, voa leve, rasante, pá(i)ra.
Não, não são paixões contadas em narrativas intimistas nem sopro de vida. Torna-se alva a solidez destemida, calafrios e arvoredos. E braços, uns poucos braços.