Thursday, September 26, 2013

diagnóstico


é vertigem que me dá esmaga
uma das vértebras da
minha cervical estanca
proíbe segura é barreira para
meu sangue correr livre lívida
o armário dança
dançam livros coloridos dança
qualquer coisa fora do lugar é na minha cabeça, é tudo
na sua cabeça mas o sangue
o sangue não flui não jorra não ferve
o sangue não é meu
sangue sangue em meu próprio corpo
é fluido e não flui no entanto
embaça

mas é só vertigem, vertigem pouca

poema feito de chá


minha espera permite
o aprendizado da água –

ebulição é espetáculo
de tanto ensaio de ritmo

minha espera exige
o aprendizado do corpo:

estar montanha,
saber de si

minha espera ensina
permissiva

meu coração em fervura.