Hoje em dia, só se tagarela. O silêncio na biblioteca tagarela tão que desconcentra, eu fico desconcertada com a desarmonia que atrapalha. As luzes dos postes apostam brilhos mil no carro que vai quebrar, ou no motorista que vai primeiro buzinar. Eu batuco as mãos na direção, no ritmo da música, mas é só pra dar vazão ou disfarçar a ansiedade. Chego em casa e o carro tagarela, a bagunça do quarto clama por atenção e insiste em vigiar meus passos. O arroz e a abobrinha disputam a apreciação; o dispêndio de tempo de quem engole tudo às pressas. A ânsia em chegar em casa para ligar a televisão e obter um pouco de silêncio, ainda que pago pra ver.
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