Amo gelatina. Principalmente de uva. Engraçado que não gosto de uva, mas gosto de suco, picolé e gelatina de uva.
Quero poder correr livre pelas montanhas cobertas de neve. Me transformar e me sentir outra como a gelatina que vira água colorida fora da geladeira.
Será que dói?
Por que sempre escrevo sobre o que quero? Porque o que já tenho perdeu o mistério. E as coisas da vida, as coisas mais belas de vida, têm um quê de mistério. Talvez por isso eu fique tão brava quando um casal, um casal de namorados, diz: "quero te ter pra sempre" ou "ela é minha garota" ou derivados. porque não se pode ter a alguém, porque o ser humano sempre tem seus mistérios. Nunca uma pessoa chegará a tal ponto de saber tudo sobre a outra. O mistério do ser humano é infinito. Então não se pode ter uma pessoa. É tudo tão paradoxal... E eu amo paradoxos. Aliás, paradoxo do dia: tem coisas que a gente quer que dure pra sempre. mas nada dura para sempre com exceção do próprio tempo.
Talvez por isso é que não gosto de ver sangue de machucado recém-feito (por causa do mistério...). Só gosto de ver machucado com casquinha. E, ainda assim, não é um prazer, mas pelo menos não tenho aflição em vê-los. E me divirto com a agonia das pessoas, querendo tirar a casquinha. E, quando tiram, sangra de novo e ningu´m quer ver. mas aí eu quero.
Algum dia alguém pode me perguntar o que eu quis dizer com isso. E eu posso responder o que eu quiser. A verdade ou inventar. E será que vou lembrar o que eu quis dizer? Já agora não lembro. acabou o instante-já em que tive o pensamento e agora outras coisas me consomem. Não entendo porque não consigo parar de digitar. Em cada momento a verdade será uma.
É por isso, entre outras razões, que gosto de escrever (às vezes não gosto, mas algo maior que eu me obriga) : a verdade é o que eu quiser que ela sseja.
E quero agora que a verdade seja a gota de orvalho da pétala rosa da flor artificial tentando cair. - porque metade dela quer cair e a outra metade, não.
(E o miolo negro - que disseram ser desvalorizado (erroneamente) - da flor da paixão.)
Friday, February 18, 2005
Wednesday, February 16, 2005
Nessa terra de gigantes... - reprise
Incrível como a vida de todos é igualmente banal.
Todo mundo vai pra praia nas férias.
Todo mundo, no fundo, gosta de ficar no carro ouvindo música enquanto pega a estrada. E todo mundo planeja sair cedinho pra não pegar trânsito e nunca consegue, porque a culpa é sempre do irmão mais novo que acaba atrasando o resto da família.
Todo mundo adora aquela sensação gostosa de liberdade, de vida, que a gente sente quando vê o mar do alto da serra. E todo mundo fica feliz quando chega na praia num baita dia de sol (e fica p*** da vida quando chega junto com uma chuvinha.)
Todo mundo vai à farmácia pelo menos uma vez na cidade de praia. Seja pra comprar repelente (sempre tem alguém alérgico – ou fresco, mesmo), absorvente (sempre uma das mulheres fica menstruada), Cataflan (sempre tem alguém – geralmente o irmão mais novo - que fica com dor de ouvido), pomada pra queimadura (sempre tem – e sempre tem mais de um! – irresponsável que fica no sol sem se cuidar) ou antialérgico ( o bendito alérgico de novo...!). E todo mundo pensa: “essas coisas só acontecem comigo!!”.
Todo mundo fica com nojo do sabonete que sempre fica cheio de areia depois de uns 4 dias compartilhando o banheiro entre meia dúzia de pessoas.
Todo mundo vai passear na feirinha.
Todo mundo fica de saco cheio da praia num determinado ponto da viagem e quer voltar pra casa. E, quando volta, quer re-voltar pra praia.
Todo mundo pára naqueles postos de estrada pra comer um pão-de-queijo (e o posto ta lotado porque, novamente, todo mundo planejou sair cedo e ninguém conseguiu – é, a culpa é daquele irmão...).
Todo mundo fica feliz quando volta pra casa, porque todo mundo concorda: não há nada melhor do que a sua própria cama...!
Todo mundo volta pra casa e reclama de ter de acordar cedo quando as aulas começam. E o assunto entre todas as panelinhas será o mesmo: a praia. (E suas variações, como o garoto que está mais sarado porque se exercitou na praia ou a menina que era linda e tá um horror porque tá toda descascando).
Ah, claro, todo mundo descasca.
É, a vida de todos é igualmente maravilhosa. E todo mundo vai pra praia nas férias de verão.
(Até a bailarina - por incrível que pareça).
Todo mundo vai pra praia nas férias.
Todo mundo, no fundo, gosta de ficar no carro ouvindo música enquanto pega a estrada. E todo mundo planeja sair cedinho pra não pegar trânsito e nunca consegue, porque a culpa é sempre do irmão mais novo que acaba atrasando o resto da família.
Todo mundo adora aquela sensação gostosa de liberdade, de vida, que a gente sente quando vê o mar do alto da serra. E todo mundo fica feliz quando chega na praia num baita dia de sol (e fica p*** da vida quando chega junto com uma chuvinha.)
Todo mundo vai à farmácia pelo menos uma vez na cidade de praia. Seja pra comprar repelente (sempre tem alguém alérgico – ou fresco, mesmo), absorvente (sempre uma das mulheres fica menstruada), Cataflan (sempre tem alguém – geralmente o irmão mais novo - que fica com dor de ouvido), pomada pra queimadura (sempre tem – e sempre tem mais de um! – irresponsável que fica no sol sem se cuidar) ou antialérgico ( o bendito alérgico de novo...!). E todo mundo pensa: “essas coisas só acontecem comigo!!”.
Todo mundo fica com nojo do sabonete que sempre fica cheio de areia depois de uns 4 dias compartilhando o banheiro entre meia dúzia de pessoas.
Todo mundo vai passear na feirinha.
Todo mundo fica de saco cheio da praia num determinado ponto da viagem e quer voltar pra casa. E, quando volta, quer re-voltar pra praia.
Todo mundo pára naqueles postos de estrada pra comer um pão-de-queijo (e o posto ta lotado porque, novamente, todo mundo planejou sair cedo e ninguém conseguiu – é, a culpa é daquele irmão...).
Todo mundo fica feliz quando volta pra casa, porque todo mundo concorda: não há nada melhor do que a sua própria cama...!
Todo mundo volta pra casa e reclama de ter de acordar cedo quando as aulas começam. E o assunto entre todas as panelinhas será o mesmo: a praia. (E suas variações, como o garoto que está mais sarado porque se exercitou na praia ou a menina que era linda e tá um horror porque tá toda descascando).
Ah, claro, todo mundo descasca.
É, a vida de todos é igualmente maravilhosa. E todo mundo vai pra praia nas férias de verão.
(Até a bailarina - por incrível que pareça).
Thursday, February 10, 2005
Ano novo, blog novo! - reprise
Tive um problema técnico com o www.divagaresempre.blogspot.com , então vou respostar os dois posts que havia postado lá pra depois (tentar) seguir viagem com esse aqui.
Eis o primeiro.
Ano novo, vida nova, pensamentos novos, idéias novas, mundo novo, rostos novos, corpo novo, visão nova, roupa nova, amores novos, amigos novos, sentimentos novos, pessoas novas, listas novas, promessas novas, lágrimas novas, escola nova, casa nova, hábitos novos.
Então é isso?
Não.
Blog novo mesmo, isso sim.
(Ainda bem)
(... ou não)
Eis o primeiro.
Ano novo, vida nova, pensamentos novos, idéias novas, mundo novo, rostos novos, corpo novo, visão nova, roupa nova, amores novos, amigos novos, sentimentos novos, pessoas novas, listas novas, promessas novas, lágrimas novas, escola nova, casa nova, hábitos novos.
Então é isso?
Não.
Blog novo mesmo, isso sim.
(Ainda bem)
(... ou não)
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