A sua mesquinharia se faz sentir em mim. Seu anti-desejo de não perceber quão terrível é a queda. Meu medo de machucar ao ver o chão mais de perto se desfez; somos dois bebês encantados com o mundo exterior que de nós se separa instante por instante – já. Por mais que a gente se machuque, se estrepe, se foda. A gente tem esperança. E sonha. A sua presença me mutila, e não me abandona. Meu medo se desfez; o que a gente quer é a intensidade. Ai de quem não rasga o coração.
Quem sou eu pra falar de amor
Se de tanto me entregar nunca fui minha
O amor jamais foi meu
O amor me conheceu
Se esfregou na minha vida
E me deixou assim.
Chico, aquele lá, sempre, claro, o Buarque de Hollanda.
Quem sou eu pra falar de amor
Se de tanto me entregar nunca fui minha
O amor jamais foi meu
O amor me conheceu
Se esfregou na minha vida
E me deixou assim.
Chico, aquele lá, sempre, claro, o Buarque de Hollanda.