acordei pontualmente às sete horas, de acordo com o horário de brasília. as cobertas na altura dos joelhos e um sebo corporal além do comum denunciavam a agitação no sono de apenas quatro horas. por sorte, na noite anterior, lembrara de minha avó: peguei um copo d’água para deixar na mesa de cabeceira; minto, no banquinho de três pernas ao lado da cama que faz às vezes de mesa de cabeceira. tomei o copo em três vultosos goles, não sem antes esticar braços e pernas, e checar todos os dedos em suas devidas posições. nenhum formigamento, uma coceira aceitável na raiz dos cabelos da nuca, e uma tensão no pescoço, lado direito. vai dar pra levantar.
me lembrei do sonho. minha mãe, parada defronte uma casa – devia ser nossa, embora eu tenha certeza de que não era. eu chegava tarde da noite, parava o carro, ela ali, plantada, os olhos tão inexpressivos que se me comunicavam. disse que não conseguia entrar na casa sem mim. eu a abraço, com cuidado, comoção e compaixão. pego sua mão, encaro a casa, nem piscamos.
me lembrei do sonho. minha mãe, parada defronte uma casa – devia ser nossa, embora eu tenha certeza de que não era. eu chegava tarde da noite, parava o carro, ela ali, plantada, os olhos tão inexpressivos que se me comunicavam. disse que não conseguia entrar na casa sem mim. eu a abraço, com cuidado, comoção e compaixão. pego sua mão, encaro a casa, nem piscamos.
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