Thursday, May 28, 2009

sem chapéu-coco

quando o samba começava, você era a mais brilhante,
e se a gente se cansava, você só seguia adiante.
hoje a gente anda distante do calor do seu gingado,
você só dá chá dançante onde eu não sou convidado.

é minha a melodia que você roça com a ponta dos cabelos em movimento de leveza tão rara que enternece. é minha a cadência que você segue, os passos staccatos num lento-duro e a boca seca entreaberta. são caminhos incertos desenhados no inebriante porão, cheio de brisa de dama-da-noite. é desandar ao berros de juras de amor, excretar tanto cheiro de mulher, e tossir espasmo no sereno.

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