não conheci minha mãe. e aí cresci e encasquetei que era filho de sereia. embora minha respiração não fosse de bolhas de sabão (como devia ser a respiração dos filhos de sereia), e meu andar não fosse bailarinesco como devia ser o andar dos filhos de sereia, minhas sardas e meus os olhos cor de mar, que a vó me explicou que morava um mar dentro de mim, me davam alento: era claro que eu era filho de sereia, dessas que cantam bonito, namoram os pescadores e eles inventam histórias (eu nunca precisei pegar um peixe grande pra impressionar). um dia, ainda nem era tão crescido, mas andava sozinho sem desequilibrar, encarei o mar pela primeira vez. quando a onda veio mansa tocar meus pés e me convidar, entrei, avisando: voltaria quando escurecesse, que meu coração não era daquele mundo não.
Thursday, October 07, 2010
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2 comments:
uau, Stella! Que pena que não posso ficar aqui agora 3 horas pra ler tudo isso! vou lendo aos poucos, mas esse daqui que eu li é lindo de morrer!
tbm vou adicionar lá no meu blog!
bjo
Que horas vamos almoçar na terça?
Descobri que também não tenho seu e-mail.
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