Chega mais perto, contempla as palavras. Suspende no entorno as vontades que alucinam. Gira leve, toca a flor. Pétala é olhar recém-nascido. Arrisca o toque, sustenta a proposta. Oscilação é charme real, tão reais a sutileza e a força. Palpita, sugere com afinco e verde-grama. O céu permite, observa. As nuvens loiras nem cochicham; seguem tranqüilas. O mundo segue, rápido, difuso, opaco. A translucidez é por nossa conta. O risco é quase suposto – mas não é. Aguça, cantarola, ternureia. Desfaz o nó esgarçado; enlaça com cuidado. Movimenta as mãos, um balé semi-cheio de floreios e passos marcados. Estanque, pousa as mãos, firmes-leves cataventos. Finda o dia, pinta a noite – irretocáveis borrões. Propõe o óbvio num sopro, e num suspiro atinge o ápice.
Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic 'til I'm gathered safely in
Lift me like an olive branch and be my homeward dove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Let me see your beauty when the witnesses are gone
Let me feel you moving like they do in Babylon
Show me slowly what I only know the limits of
Dance me to the end of love
Bob Dylan, mas a minha versão é da Madeleine Peyroux
1 comment:
na verdade é do Leonard Cohen...
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