Wednesday, March 18, 2009

"não esquecer que é tempo de morangos"

Chega mais perto, contempla as palavras. Suspende no entorno as vontades que alucinam. Gira leve, toca a flor. Pétala é olhar recém-nascido. Arrisca o toque, sustenta a proposta. Oscilação é charme real, tão reais a sutileza e a força. Palpita, sugere com afinco e verde-grama. O céu permite, observa. As nuvens loiras nem cochicham; seguem tranqüilas. O mundo segue, rápido, difuso, opaco. A translucidez é por nossa conta. O risco é quase suposto – mas não é. Aguça, cantarola, ternureia. Desfaz o nó esgarçado; enlaça com cuidado. Movimenta as mãos, um balé semi-cheio de floreios e passos marcados. Estanque, pousa as mãos, firmes-leves cataventos. Finda o dia, pinta a noite – irretocáveis borrões. Propõe o óbvio num sopro, e num suspiro atinge o ápice.

Dance me to your beauty with a burning violin 
Dance me through the panic 'til I'm gathered safely in 
Lift me like an olive branch and be my homeward dove 
 
Dance me to the end of love 
Dance me to the end of love 
 
Let me see your beauty when the witnesses are gone 
Let me feel you moving like they do in Babylon 
Show me slowly what I only know the limits of 
 
Dance me to the end of love 

Bob Dylan, mas a minha versão é da Madeleine Peyroux


1 comment:

Bruno Novaes Silva said...

na verdade é do Leonard Cohen...