não fosse, meu amigo, alguma ternura, embalada com cuidado e persistência num embrulho divino de quase natal, não fosse alguma ternura, querido, sei que teria rendido.
cedido, rendido à terra, no susto ao encontrar a palidez dos que amamos envolta em flores.
e são lágrimas, gritos, acordes ressonantes que me acordam nas madrugadas, são ainda tremores e emoções em qualquer toque à contrapêlo, no receio de qualquer coisa nova, bela, sincera, no receio de qualquer carinho que seja.
e são também entregas lascivas, a pele em brasa, rubi coração em relinchadas; são espaços-todos-ocupados nos corpos que se querem encontro d'ossos, em tempos sincopados por suspiros e rouquidão.
noite a noite, há ternura. há alguma ternura, vinda de não sei onde, num repouso de cansaço, num enlace de dedos, numa cúmplice aprovação.
e há tempo para esquecer, há tempo para render-se ao desenfreio da solidão.
e há o dia. há o despertar. há coragem de novo, e recompensas todas.
pelo céu, pelo seu, pelo meu e pelos nossos.
cedido, rendido à terra, no susto ao encontrar a palidez dos que amamos envolta em flores.
e são lágrimas, gritos, acordes ressonantes que me acordam nas madrugadas, são ainda tremores e emoções em qualquer toque à contrapêlo, no receio de qualquer coisa nova, bela, sincera, no receio de qualquer carinho que seja.
e são também entregas lascivas, a pele em brasa, rubi coração em relinchadas; são espaços-todos-ocupados nos corpos que se querem encontro d'ossos, em tempos sincopados por suspiros e rouquidão.
noite a noite, há ternura. há alguma ternura, vinda de não sei onde, num repouso de cansaço, num enlace de dedos, numa cúmplice aprovação.
e há tempo para esquecer, há tempo para render-se ao desenfreio da solidão.
e há o dia. há o despertar. há coragem de novo, e recompensas todas.
pelo céu, pelo seu, pelo meu e pelos nossos.
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